
...e meio bobo, ingênuo, mas eu gosto dele. É de 2008. Ah, as paixões, sempre nos inspirando...
carvão
de choro embotado em lágrima
feito ferida estancada em sangue
ardem os olhos em brasa
impedindo que eu os arranque
veio súbita como a morte
a chama fez do corpo um abrigo
não quero que ninguém se importe
só a sombra queimará comigo
nada sai ileso da espada e dos braços
desse terrível anjo sereno que veio
restam apenas os pedaços
de um amor quebrado ao meio
o ego cimenta a angústia
desilusão é tijolo duro
massa corrida de lamúria
ergo dentro de mim um muro
o corpo é o carvão da alma
que o consome em gozo nas piras
de luxúria, da paixão e do nada
o coração se afoga nas cinzas
O mais belo poema, senão de paixão... de amor.
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